Advogado diz que procuradores têm “ódio” de Lula e entra com HC
Mensagens vazadas nesta terça mostram procuradores da Lava Jato zombando da postura do ex-presidente durante velório do neto e da esposa
atualizado
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Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso no âmbito da Operação Lava Jato em Curitiba, apresentaram, nesta terça-feira (27/08/2019), ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma petição reiterando o pedido de habeas corpus para que o petista seja solto. O caso está nas mãos do ministro Edson Fachin. As informações são da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.
O pedido teve como base reportagem publicada na manhã desta terça pelo UOL, em parceria com o site The Intercept Brasil, que mostra procuradores da Lava Jato ironizando a morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia, falecida em fevereiro de 2017. Nos diálogos, os membros do Ministério Público Federal (MPF) debocham do comportamento de Lula, tanto no velório de Marisa quanto no enterro de Arthur Araújo Lula de Silva, neto do petista.
“Referidas mensagens mostram, em verdade, que a atuação dos procuradores da República em questão sempre foi norteada por ódio e desapreço pessoal pelo paciente e pelos seus familiares”, frisa o advogado Cristiano Zanin.
Segundo o defensor de Lula, o ódio torna os investigadores “absolutamente incapazes de cumprir com seus deveres de imparcialidade, impessoalidade e isenção garantidos pela legislação pátria e internacional”.
Entenda
Além de relativizar o luto do ex-presidente, os procuradores teriam divergido sobre o pedido de Lula para ir ao enterro do irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, em janeiro deste ano.
Procurada pela reportagem, a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba pontuou que não poderia se manifestar sem ter o integral às conversas. As procuradoras da República Thaméa Danelon e Monique Cheker responderam, por meio das assessorias de imprensa do MPF em São Paulo e no Rio de Janeiro, respectivamente, que não se comentariam os mencionados diálogos.