Se Marcelo Ramos, vice da Câmara, trocar de partido perde esse cargo?
Incomodado com a presença de Jair Bolsonaro no PL, o deputado decide, na semana que vem, se permanece na legenda
atualizado
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O deputado Marcelo Ramos (PL-AM) já explicitou sua contrariedade ao ingresso de Jair Bolsonaro no partido. Não sabe ainda se sai ou se fica no PL.
Uma mudança de partido pode comprometer sua manutenção na vice-presidência na Câmara? Ele ainda tem todo o 2022 para seguir no cargo, se não tiver que deixá-lo.
Os precedentes até apontam que não. Se ele trocar o PL para um partido do mesmo bloco que teve direito à cadeira da vice-presidência da Mesa, ele pode continuar. O PL integrou o superbloco de 11 partidos que elegeu Arthur Lira como presidente da Câmara. Nesse caso, Ramos teria que se filiar um dessas 10 legendas: PSL, PP, PSD, PL, Republicanos, Podemos, PTB, Patriota, PSC, Pros e Avante.
Outro precedente aberto foi um caso que envolveu o deputado Ricardo Izar (PP-SP). Em 2015, o parlamentar foi eleito como quarto suplente da Mesa da Câmara, quando estava filiado ao PSD. Em 2016, ainda no cargo da Mesa, trocou de partido e ingressou no PP, mas não perdeu o posto na direção da Câmara.
“É algo que não parece ter problema, mas que vou tratar conversando com o PL, se precisar sair”, disse Marcelo Ramos.
Sobre deixar ou não a legenda, ele ainda irá conversar com o presidente Valdemar da Costa Neto. Ramos tem sido procurado por alguns partidos, entre eles o PDT. Carlos Lupi, presidente nacional do partido, convidou-o para se filiar.
“Não decidi ainda para onde vou, até porque ainda não está resolvida a minha saída do PL. Ainda terei, semana que vem, uma conversa com o presidente Valdemar. Tenho respeito e carinho pelo PDT e fico honrado pelas manifestações de várias pessoas do partido. Mas vamos aguardar um pouco”, afirmou.