Quem mais terá a ganhar com a reabertura do caso da facada
Bolsonaro, é claro
atualizado
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A quem mais poderia interessar a decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), com sede em Brasília, que permite a retomada da investigação sobre a facada levada por Jair Bolsonaro em Juiz de Fora na véspera do 7 de Setembro de 2018?
A esta altura, a pouco menos de um ano do primeiro turno da eleição do ano que vem, interessa a Bolsonaro, naturalmente. Tanto que seu advogado Frederick Wassef, que escondeu em sua casa Fabrício Queiroz, apressou-se em sair falando a respeito.
“Encomendaram a morte do presidente”, ele disse. (Bolsonaro não era presidente, mas candidato. Talvez não tivesse sido eleito sem a facada.) “Adélio Bispo é um assassino profissional, que foi cooptado para ass Bolsonaro. Não agiu sozinho.”
Por três vezes, a Polícia Federal concluiu que Adélio é mentalmente perturbado e que agiu sozinho. Bolsonaro nunca se conformou com isso. A facada é um trunfo que vez por outra ele joga na mesa. Jogará daqui em diante com mais razão ainda.
Wassef antecipa o discurso a ser repetido por Bolsonaro e seus devotos: “Existem fortes indícios e robusto conjunto de provas de que a esquerda brasileira encomendou a morte do presidente”. (Não existe nenhum até hoje.)