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O caso Glauber Braga e a justiça no modo Câmara dos Deputados

Invocar torturador, pode; denunciar tenebrosas transações com dinheiro público dá em cassação de mandato

atualizado

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Foto colorida de deputado Glauber Braga na Câmara, onde ou a noite - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de deputado Glauber Braga na Câmara, onde ou a noite - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Tadinhos dos líderes do Centrão, incomodados com a greve de fome do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) que hoje entra no seu terceiro dia. Eles dizem que Glauber, acusado de ter dado um pontapé em um militante de direita que o provocou, só piorou sua situação e que poderá perder o mandato por quebra de decoro.

A greve de fome do deputado acendeu a luz dos refletores sobre a hipocrisia da esmagadora maioria dos seus pares. O Conselho de Ética recomenda a cassação do mandato de Glauber, afinal, onde já se viu um deputado comportar-se dessa maneira? Era para Glauber ter agido como um lorde inglês, ignorando o que ouviu.

Pela sétima vez em poucos meses, o mesmo militante de direita assediara Glauber à espera de que ele reagisse. Insultou-o e, por último, disse que a mãe de Glauber, que fora prefeita de um município do Rio de Janeiro, era corrupta. A tal senhora, de idade avançada, estava à beira da morte e morreria 22 dias depois.

Glauber, portanto, faz por merecer ser cassado. E, se for, não poderá ser candidato a nada pelos próximos oito anos. Verdade que o relator do processo contra Glauber, o deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), há 24 anos agrediu um jornalista dentro da Câmara e não foi punido sequer com uma advertência por escrito.

Verdade que a deputada Carla Zambeli (PL-SP) correu no centro de São Paulo com um revólver na mão atrás de um jornalista que a provocara – e a Câmara não viu motivo para cassar-lhe o mandato. Bolsonaro acha que foi por isso que Lula o derrotou nas eleições de 2022. O Supremo Tribunal Federal deverá cassar Zambelli.

Verdade também que o deputado Chiquinho Brazão, preso como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), não teve seu mandato cassado até aqui, e segue recebendo salário na Câmara e demais regalias.  Mas, ali, agora, se trama cassar seu mandato para compensar a cassação do de Glauber.

É isso que os deputados chamam de justiça. É a maneira como a corporação de afortunados, que vê a política como um negócio lucrativo, se defende dos que não obedecem aos seus códigos. Glauber nunca obedeceu. E teve a coragem de denunciar desvios de dinheiro público via emendas ao orçamento da União.

Curioso, não? Mais de 257 deputados apoiam o projeto de anistia para os golpistas do 8 de janeiro de 2023. Alegam que as penas impostas aos que já foram julgados ultraam a barreira do bom senso. Ou o Supremo Tribunal reduz as penas ou o Congresso os anistia. Quanto a Glauber, porém… Ele merece a pena máxima.

Ao votar pela cassação do mandato da presidente Dilma Rousseff, o então deputado Jair Bolsonaro mencionou o coronel Brilhante Ustra, célebre torturador da ditadura militar de 64. Disse:

“Pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff, pelo Exército de Caxias, pelas Forças Armadas, pelo Brasil acima de tudo e por Deus acima de tudo, o meu voto é sim”.

Foi Ustra que mandou torturar Dilma quando ela era presa política. Bolsonaro não foi punido por seu ato vil, indigno, infame.

 

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