HÁ VINTE ANOS –Tancredo Neves, o presidente eleito que não tomou posse
Uma tragédia que marcou a história do Brasil
atualizado
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Vamos repetir a fórmula nos próximos dias 21 e 22 de abril. Aqui se contou ontem – ou recontou – a primeira parte da tragédia do presidente eleito Tancredo Neves, internado para uma operação de emergência a pouco mais de 12 horas de tomar posse.
Essa parte terminou com Tancredo operado e já tendo feito sua primeira caminhada dentro do quarto do hospital. E com José Sarney, o vice, tomando posse no lugar dele, o que marcou o fim da ditadura militar e o restabelecimento da democracia entre nós.
Esperava-se então que Tancredo se recuperasse logo e que tomasse posse diante do Congresso. A segunda parte da tragédia contará justamente o que ocorreu entre a primeira operação e o anúncio da morte dele na noite do dia 21 de abril de 1985.
Foi um período em que o país parou, literalmente parou. O governo parou esperando a volta de Tancredo – e, a partir de certo momento, sua morte. Os negócios pararam.
Os brasileiros acompanharam pela mídia cada nova operação (foram sete ao todo), cada novo boletim médico emitido, cada entrevista de quem saísse do Hospital de Base e, depois, do Instituto do Coração, em São Paulo, para onde Tancredo fora transferido.
Finalmente, no começo da noite do dia 22 de abril, o caixão com o corpo de Tancredo subiu a rampa do Palácio do Planalto. O corpo foi enterrado no cemitério de São João Del Rei, em Minas Gerais, cidade onde ele nasceu.
(Publicado aqui em 15 de março de 2005)
