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Índice denuncia o racismo ambiental no país

Parceria da UNESP de Sorocaba e do Instituto DACOR avaliou as regiões metropolitanas de Cuiabá, Curitiba, Manaus, São Luís e Sorocaba

atualizado

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1 de 1 corrego-sujo-campo-limpo - Foto: Jessica Bernardo / Metrópoles

O racismo ambiental é uma realidade que atravessa o Brasil. Ignorar ações que protejam comunidades negras da poluição e das mudanças climáticas é comum a governos e à iniciativa privada. Falamos sobre o caso da Ilha da Maré, na Bahia. Nesse cenário, uma parceira do Instituto de Ciência e Ecologia da UNESP (Universidade Estadual Paulista) de Sorocaba e do Instituto DACOR desenvolveu um Índice de Racismo Ambiental que pode ajudar a pautar políticas públicas em todo país.

O trabalho abrangeu cinco regiões metropolitanas: Cuiabá, Curitiba, São Luís, Manaus e Sorocaba(SP). A escolha das cidades deu-se, segundo os pesquisadores, pelo o a dados oficiais mais sistematizados. Em uma escala de 0 a 100, o IRA mais alto  foi da região metropolitana de Manaus (20,84), seguido por São Luís (20,21) e Cuiabá (19). Os mais baixos foram registrados em Curitiba (6,88) e Sorocaba (11,16).  A cidade de  Autazes (AM), que obteve o IRA mais alto (41,11), apresenta uma alta porcentagem de população racializada, o que evidencia o racismo ambiental, segundo a pesquisa, que integra o programa de pós-graduação em Ciências Ambientais da UNESP.

O texto afirma que a vulnerabilidade das populações racializadas é determinante para o índice, sobretudo em regiões com menores  PIBs, onde a falta de saneamento e moradia adequada predominam. “A questão começa a ser discutida na primeira Conferência de Meio Ambiente, em 1972, em Estocolmo, na Suécia, que apontou a necessidade de uma ecologização das nossas sociedades, que o capitalismo pode ser ecologizado. Sob forte influência do movimento negro nos EUA, o conceito de racismo ambiental se espalha pelo mundo nos anos 1980, chegando ao Brasil, onde negros e grupos minoritários sempre foram expostos à poluição”, explica Vidal Mota, cientista social, sócio-fundador do Instituto DACOR e um dos integrantes do estudo.

Mota considera que o intuito da pesquisa é encontrar interfaces que possam acrescentar nuances nas análises, sejam elas sociais ou ambientais. “A  gente procurou quantificar melhor para depois qualificar essa análise”, sintetiza. Através da metodologia fuzzy, o índice usa o saneamento básico (o à água e esgoto), moradia e racialização como variáveis.

O pesquisador disse que ficou surpreendido com o resultado em cidades do Sul e Sudeste. “Elas têm um  índice de desenvolvimento humano bom, o PIB dessas regiões é alto, com orçamentos robustos, e elas ainda têm, mesmo que marginal, um percentual de racismo ambiental que, ao meu ver é, injustificável”.

A lógica do racismo ambiental define que a ameaça à saúde de uma população vai impactar sua expectativa de vida, sua capacidade de trabalho e aprendizado. “As pessoas que moram mal nesse país são de maioria negras ou indígenas. E aí nós temos uma série de doenças que irão superlotar os serviços públicos. Tudo isso é uma dimensão do racismo. Moradia e saneamento são condições básicas para a equidade”, atesta.

O cientista social alerta que, apesar do desenvolvimento do país nos últimos 20 anos, as condições são distantes do ideal, com cerca de 45% do esgoto sem receber tratamento, o que se traduz em condições precárias para 100 milhões de pessoas – destes, 70% são negros.

Os pesquisadores pretendem adaptar o IRA para outras regiões metropolitanas do Brasil e realizar uma análise mais detalhada, segmentada por bairros. Posteriormente, incluir outras variáveis, como renda, segurança, escolaridade, mobilidade e áreas verdes.. Em julho, a parceira apresentará novos resultados.

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