Desponta o favorito para a vaga de PGR
Paulo Gustavo Gonet Branco tem o apoio de Gilmar Mendes; irmão de Dino corre por fora
atualizado
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Desde a campanha eleitoral, o presidente Lula (PT) já havia afirmado que não respeitaria a lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) para a sucessão de Augusto Aras na Procuradoria-Geral da República (PGR). O desprezo foi tão sentido que os candidatos à lista neste ano são apenas três. A votação será uma mera formalidade para definir as posições do trio.
Sem a lista, campanhas informais pipocam pelos corredores de Brasília. E o mais bem cotado para a vaga é o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gustavo Gonet Branco. Ele foi o representante do Ministério Público Eleitoral no julgamento no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi considerado inelegível.
Gonet Branco tem o apoio do decano do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, de quem já foi sócio no Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), além dos advogados que compõem o grupo Prerrogativas.
Correndo por fora, está procurador Nicolao Dino, irmão do ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino. O parentesco é o único empecilho visto por Lula, que o considera um forte candidato. Ele já esteve em duas listas tríplices, em 2017 e 2021.
Carlos Frederico Santos, procurador que comanda o grupo de investigação sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, também é um nome muito bem elogiado. O que pesa contra ele é a proximidade com o atual procurador-geral da República.
E claro, há a possibilidade de Augusto Aras continuar no cargo, mas a cumplicidade com o ex-presidente Jair Bolsonaro deve frear qualquer pretensão do ainda PGR.