body { font-family: 'Merriweather', serif; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Regular'; src: local('Merriweather-Regular'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-regular.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-regular.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Bold'; src: local('Merriweather-Bold'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-bold.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-bold.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Heavy'; src: local('Merriweather-Heavy'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-heavy.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-heavy.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Italic'; src: local('Merriweather-Italic'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-italic.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-italic.woff') format('woff'); font-display: swap; }
metropoles.com

Pátria ou pária ambiental (por Gustavo Krause)

A COP26 completou o regramento do Acordo de Paris: estabeleceu prazos e mecanismos transparentes de avaliação e definiu normas

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Getty Images
Protesto contra aquecimento global COP26
1 de 1 Protesto contra aquecimento global COP26 - Foto: Getty Images

O governo é um “pária ambiental. Nega o aquecimento global, maltrata o meio ambiente e prejudica a imagem internacional do País.

O Brasil é uma pátria ambiental pela dimensão dos seus recursos naturais e pelo papel decisivo na construção de uma economia de baixo carbono e por força do compromisso do cidadão brasileiro com as futuras gerações.    

O Brasil é uma Pátria Ambiental pela reconhecida dimensão dos seus recursos naturais; o governo é um “pária ambiental”, etimologicamente equivalente aos párias (marginais) do sistema de castas indianos. Nega o aquecimento global e maltrata o meio ambiente.

Deu as costas para a COP26 que subscreveu o aumento de temperatura nos distantes 2,5 a 2,7ºC para o desejável 1,5ºC.

Ainda assim, O Acordo de Paris sobreviveu. Menos por causa dos governos do que da força histórica da sociedade civil, “sujeito de direitos e deveres”, capaz de reinventar um estilo de vida saudável. No texto final, para contrariedade da China e da Índia, há menção sobre a redução do uso do carvão e o fim de subsídios a combustíveis fósseis.

Curiosamente, a questão ambiental expõe o mundo real de tal forma que nada adianta o “greenwashing” dos canastrões e vigaristas. A natureza cobra. A geopolítica pune ao redefinir poderes. E que se escute o que prega Clóvis Cavalcanti (Presidente de Honra da Sociedade Brasileira de Economia (EcoEco): “Enquanto permanecermos ultraando os limites da natureza, alcançar produção/consumo sustentável significa menos produção/consumo”.

No conjunto, a COP26 completou o regramento do Acordo de Paris: estabeleceu prazos e mecanismos transparentes de avaliação e definiu normas (Art.6º) para mercado de carbono.

Por sua vez, a patranha governamental sobre o alerta crescente do desmatamento (877 Km2, o maior desde 2016) prejudicou o comportamento mais construtivo do Itamaraty.

É justo comemorar o ativismo ambiental da juventude. Desta vez, a liderança indígena brasileira, Txaí Suruí, e a ugandense Vanessa Nakate encarnaram o valor das diferenças e deram o tom da diversidade à questão ambiental com relevo para o papel da mulher, fortalecendo, em cada uma, o compromisso com a Mãe-Natureza.

Foram momentos de beleza e emoção que me remeteram ao sábio texto escrito sobre a relação Homem/Natureza pelo cacique Seattle, ao responder proposta do Presidente dos EUA (Franklin Pierce, 1855) para comprar terras da tribo Suquamish (trechos): “Como é que se pode comprar ou vender céu e o calor da terra? […] Somos parte da Terra e ela faz parte de nós […] Essa água brilhante dos rios e riachos é o sangue dos nossos anteados […] O ar é precioso, todos compartilham o mesmo sopro […] Não há um lugar quieto nas cidades do homem branco […] Diga a seus filhos que o solo é a cinza dos nossos anteados […] A Terra é nossa mãe”.

Mãe, Origem, Destino.

 

Gustavo Krause foi ministro da Fazenda

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os os a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comBlog do Noblat

Você quer ficar por dentro da coluna Blog do Noblat e receber notificações em tempo real?