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Os pragmáticos militares (por Otávio Santana do Rêgo Barros)

A sociedade organizada, habilitada a eleger seus representantes, vai precisar decidir na mais importante eleição deste século

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Funcionários do TRE preparam urnas eletrônicas para o dia das eleições de 202012
1 de 1 Funcionários do TRE preparam urnas eletrônicas para o dia das eleições de 202012 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Algumas vezes, com sentido depreciativo, os militares são rotulados maniqueístas e, paradoxalmente, pragmáticos.

Os que emitem esse tipo de opinião desconhecem as facetas da profissão das armas e a moderna formação que tem sido promovida aos jovens cadetes da academia e alunos da escola de sargentos.

Há uma máxima professada entre comandantes militares que afirma: é melhor uma boa decisão dentro do tempo estipulado, do que uma ótima decisão fora dele e não decidir, é a pior delas.

A sociedade organizada, habilitada a eleger seus representantes, vai precisar decidir na mais importante eleição deste século.

Quando corremos os olhos pelas manchetes dos jornais e sites de notícia, observa-se que a imprensa vem dando importância ao ambiente de apreensão que se respira diante da escolha.

A disputa vai se depurando, como uma seleção darwiniana, fazendo restar apenas o grupo dos mais fortes.

A questão a ser proposta é se a disputa está consolidada na luta entre os antípodas, representados pelo ex-presidente e o atual mandatário, ou surgirá a opção?

Os esperançosos da renovação sonham com o fortalecimento de uma liderança que nos desobrigue a decidir em um dilema de Sofia.

Os promotores da polarização trabalham com a ampulheta das urnas e sabem que a areia desce rápido, reduzindo impiedosamente o tempo para uma nova configuração de candidatos.

As torcidas empregam os meios disponíveis para consolidar suas narrativas. Quando alcunho os grupos que se formam de torcida é porque vejo semelhança de emoções assumidas nas arquibancadas dos estádios de futebol.

Vocês diriam: ora bolas, política é mesmo emoção. É sangue correndo mais rápido no corpo. É adrenalina aumentando a pulsação do coração. É destempero verbal. Qual é o problema de sermos assim? Esse é o problema!

A nossa sociedade carece de amadurecimento político, ainda sofre o patriarcalismo da Velha República e da deseducação escolar de parte importante da população.

Mesmo com as deficiências citadas, ela vai precisar compreender que a única possibilidade de melhorar a sua vida é assumir mais responsabilidade sobre a política no país, caso deseje o bem-estar social e o progresso igualitário.

Deve também exigir projetos consistentes dos que se apresentam como elegíveis e não aceitar promessas impossíveis de serem realizadas, formuladas apenas para a obtenção de apoio, no momento crucial do voto.

Não estamos presos entre o ado e o futuro, ensanduichados no presente distópico que teima em nos convencer que a história pode ser recontada ao prazer dos detentores do poder.

Qual a diferença entre a corrupção material e a corrupção moral? A meu juízo, nenhuma. Mas os responsáveis por esses crimes querem nos contar uma outra história.

O filósofo Roberto da Matta escreveu que o campo político virou um espaço de mentiras, malandragens e desenganos. Então, por que devo acomodar-me a espera de que os nossos políticos mudem a postura e deixem de ser mentirosos, malandros e enganadores?

Certa feita, Hanna Arendt questionou seus interlocutores: “O que é liberdade política? Votar secretamente e a sós em uma cabine eleitoral?”. Segundo a historiadora, não é apenas essa liberdade política que importa; é, primacialmente, a capacidade de agir e falar.

Então, vamos agir. Vamos falar. Assumir o papel de cidadão. Cobrar respostas. Ser pragmáticos. E, nas eleições, usar a razão para valorizar o seu voto. Ele é a mais poderosa arma para você, como comandante, empregar em sua decisão. Lembrando da máxima: dentro do tempo que nos resta.

Paz e bem!

Otávio Santana do Rêgo Barros. General de Divisão da Reserva

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