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O governo na trincheira (por Leonardo Barreto)

A margem de manobra do presidente Lula é baixa

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Pedro Iff/Metrópoles
Brasília-DF (12/03/2025) Aniversário de José Dirceu. Fotos: Pedro Iff/Metrópoles
1 de 1 Brasília-DF (12/03/2025) Aniversário de José Dirceu. Fotos: Pedro Iff/Metrópoles - Foto: Pedro Iff/Metrópoles

Na sua concorrida festa de aniversário, o ex-deputado e ex-ministro José Dirceu afirmou que o PT está sitiado e que precisa de união (interna) para sobreviver.

Sua fala leva a crer que a margem de manobra do presidente Lula é baixa e que ao governo não resta outra saída a não ser aguentar como for possível até que a conjuntura melhore.

É importante perceber que, quando Dirceu fala do governo, está se referindo ao seu controle pelo PT e o futuro de uma agenda de esquerda. A alegada falta de alternativas, portanto, mostra que um caminho ao centro ou concessão à ortodoxia econômica não são consideradas como opções.

Nesse cenário, o que sobra é fortificar a trincheira enquanto se espera que “algo” aconteça e ir trabalhando até lá mais no operacional do que no estratégico.

No campo econômico, o desafio continuará a ser o equilíbrio dos pratos em uma situação fiscal delicada. O orçamento, prestes a ser votado, está muito pressionado. Um levantamento feito pela Folha com estimativas de profissionais do mercado sugerem que a previsão com gastos com Previdência, BPC e Plano Safra estão subestimados em R$ 20 bilhões, pelo menos.

Felipe Salto fala da necessidade de contingenciar pelo menos R$ 32,5 bilhões para cumprir a meta fiscal. Isso sem colocar o programa Pé de Meia e o acréscimo do Gás para Todos na conta. Ele afirma também que a receita está incerta em função de prever R$ 168 bi em receitas atípicas que podem ser frustradas.

Além disso, o governo tem o desafio de colocar no orçamento de 2026 a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil. As estimativas de impacto vão de R$ 25 bi até R$ 45 bi.

Considerando que a nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que não há previsão de nova agenda de corte de despesas neste ano, o governo tem o desafio de achar receitas para compensar a desoneração do IR e ar o custo político de ar o ano bloqueando despesas no orçamento, o que sempre causa fricção e barulho.

No campo político, os desafios parecem mais dentro do próprio PT. Ao analisar a fala de Dirceu, o jornalista João Bosco Rabello afirmou que talvez o ex-deputado estivesse falando sobre a capacidade do PT sobreviver “a si mesmo”.

Há uma certa “rebelião” dentro do partido. Ao puxar Gleisi para a SRI, o presidente Lula repete o seu modus operandis: estimula o conflito de opiniões no seu entorno para que ele ature como árbitro. O problema é que ele deseja fazer o mesmo com a presidência do PT, colocando Edinho Silva na presidência, que não pertence à corrente capitaneada por Gleisi, fragilizando se controle partidário.

Também nada de novo. A novidade é a resistência demonstrada pelo grupo de Gleisi e outros que não querem perder, principalmente, a tesouraria do partido, que recebeu R$ 619 mi apenas para fazer a campanha de 2024. Essa luta pecuniária se mistura com a tensão sobre a sucessão de Lula.

Há muito trabalho interno que, se for feito, pode ajudar a melhorar as condições do governo. Para sobreviver, como disse Dirceu, o governo tem que saber separar o que é possível fazer daquilo que está fora de controle e focar no conserto das goteiras enquanto torce para o pior da chuva ar.

Leonardo Barreto é doutor em Ciência Política pela Universidade de Brasília

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