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Fascismo: Economia e Ideologia (por Ricardo Guedes)

O Fascismo tem sempre dois componentes: a economia, e a ideologia

atualizado

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Trump, Milei e Bolsonaro
1 de 1 Trump, Milei e Bolsonaro - Foto: Reprodução

Na economia, é simples. Toda vez que as classes médias, que dependem de estabilidade financeira para sobreviver, são comprimidas, como hoje, estas classes médias, que não querem o socialismo e descrentes que estão para com a democracia, ficam propensas ao discurso de aventureiros radicais à direita, que formam o fascismo.

Assim foi na Alemanha, com a eleição do Partido Nazista em 1932, Hitler com o título de “das Führer”, “o Líder”, em 1934, e suas consequências. No acordo de Versailles após a Primeira Guerra Mundial, foram impostos à Alemanha pesados encargos financeiros de indenização de Danos de Guerra aos Aliados, que chegavam a cerca de 80% do valor de seu PIB. Em 1922, a Alemanha emitiu papel moeda sem lastro para pagar a dívida, gerando a hiperinflação. A partir daí, cai o voto no Partido Social Democrata Alemão, com a ascensão do Partido Nazista.

No Brasil, assim ocorreu com Bolsonaro, após a vertiginosa queda do PIB com Dilma Rousseff de US$ 2,6 trilhões em 2011 para US$ 1,8 trilhão em 2015, Bolsonaro chegando ao poder nas eleições de 2018. Na Argentina, o fenômeno se repete, com o PIB caindo de US$ 643 bilhões em 2017 para US$ 385 bilhões em 2019, com a eleição de Milei na sequência em 2023. E agora com Trump, nos Estados Unidos, com a corrosão da renda do Americano com Biden, com a inflação muito acima do crescimento do PIB, como consequência da Guerra da Ucrânia em 2023 e 2024; com a eleição de Trump ao final de 2024, para o exercício a partir de 2025,

Com relação à ideologia, o Fascismo tem sempre dois inimigos “a combater”, um interno e um externo, na manutenção do discurso do ódio na mobilização contínua da população. Na Alemanha Nazista, o inimigo interno eram os Judeus, que teriam retirado seus recursos financeiros da Alemanha, base econômica do antissemitismo; e o inimigo externo, o “comunismo” da Rússia, atribuindo-se ao Partido Social Democrata Alemão ser um braço dos interesses estrangeiros.

Importante se notar que a História não se repete em fatos, mas em conteúdo.

No Brasil, com Bolsonaro, o inimigo interno foi a “Classe Política”, considerada como corrupta, com Bolsonaro paradoxalmente proveniente do “Baixo Clero” no Congresso Nacional, onde aferia benefícios; e o inimigo externo atribuído ao “comunismo” da Venezuela, contra a qual se promoveu a tentativa de invasão e guerra, fracassada, no início de seu Governo, com a mobilização tácita da Colômbia e dos Estados Unidos. Na Argentina, o inimigo interno são as “Corporações Peronistas”, com Milei apregoando, durante a sua campanha, o término do Banco Central, na esperança de se nascer o “novo homem econômico Schumpeteriano”, decorrente das teorias de Adam Smith; e o inimigo externo, o “socialismo”, existente no Brasil e na Venezuela. Com Trump, o inimigo interno são os imigrantes Latinos, deportáveis paras as prisões de El Salvador; e o inimigo externo são todos os países do mundo, inclusive seus antigos parceiros como o México e o Canadá, com suas tarifas alfandegárias, sob o lema “Make America Great Again”; as tarifas alfandegárias questionadas pela Justiça Americana, na luta de Trump de impor uma nova ordem econômica, política e social contrárias aos preceitos da nação da liberdade e do mercado, que fizeram a América “Great Before”.

E assim vamos nós, buraco abaixo.

 

Ricardo Guedes é Ph.D. em Ciências Políticas pela Universidade de Chicago. Autor do livro “Economia, Guerra e Pandemia: a era da desesperança”

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