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AP ganhou, Trump perdeu (por Bárbara Reis)

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Win McNamee/Getty Images
Presidente dos EUA - Donald Trump
1 de 1 Presidente dos EUA - Donald Trump - Foto: Win McNamee/Getty Images

Estávamos à espera do desfecho do duelo judicial entre a agência de notícias Associated Press (AP) e o Governo norte-americano, e a decisão saiu ontem à noite: a AP ganhou e Donald Trump perdeu.

Desde 11 de Fevereiro que a istração Trump proíbe a AP de cobrir acontecimentos presidenciais. O bloqueio começou quando a AP continuou a escrever “Golfo do México”, ignorando a ordem executiva de Trump que o mudou para “Golfo da América”. A AP processou a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, a chefe de gabinete da Casa Branca, Susie Wiles, e o seu vice, Taylor Budowich.

Agora o juiz disse: a Casa Branca “não pode fechar as portas” à AP. O acórdão tem três agens interessantes:

– “De acordo com a Primeira Emenda [da Constituição dos EUA], se o Governo abre as portas a alguns jornalistas – seja na Sala Oval, na Sala Leste ou noutro local – não pode depois fechar essas portas a outros jornalistas por causa dos seus pontos de vista. É isso que a Constituição exige”;

– “O Tribunal não ordena ao Governo que conceda à AP o permanente à Sala Oval, à Sala Leste ou a qualquer outro evento mediático. Não concede tratamento especial à AP”;

– “A AP não tem necessariamente direito ao o permanente à pool de imprensa de que gozava ao abrigo [da Associação de Correspondentes da Casa Branca]. Mas também não pode ser tratada pior do que as agências de notícias congéneres”.

A decisão pode ser lida à luz dos sinais de resistência à leviana, lunática, lesiva e lamentável loucura de Trump (foi preciso Trump ser reeleito para esta newsletter violar as regras da escrita e usar quatro adjectivos de seguida). Grupos como o Republicans against Trump, que tem quase um milhão de seguidores no X, celebraram logo a decisão.

Mas é sobretudo interessante porque o juiz que a tomou, Trevor McFadden, do Tribunal Distrital do Distrito de Columbia, foi nomeado para o cargo vitalício, em 2017, por Trump.

Haverá sempre leituras extraordinárias, como a que acabo de ler no X, de alguém a quem “não lhe parece” que haja na Constituição “direito a estar no núcleo de imprensa da Casa Branca” – que “McFadden distorceu a lei”, porque, se é a Constituição que permite à AP ter o à Casa Branca, “qualquer pessoa poderia exigir um lugar no núcleo de imprensa da Casa Branca”. Isso é não perceber o que é esta profissão.

Nada disto espanta. Da Casa Branca saem hoje ideias mirabolantes. Além disso, o argumento deste cidadão anónimo é igual ao de Trump, que disse que “fazer perguntas ao Presidente dos Estados Unidos na Sala Oval e a bordo do Air Force One é um privilégio concedido aos jornalistas, não é um direito legal”. Na mesma linha, a istração Trump diz que pagar pelos serviços da AP ou pelas s de jornais é um “subsídio”, quando qualquer pessoa sabe que pagar pelos textos, fotografias e vídeos da AP é o mesmo que pagar pelos serviços informáticos, jurídicos, de limpeza ou consultorias várias de que a Casa Branca precisa para fazer o seu trabalho.

A decisão também pode ser lida à luz da luta pela democracia norte-americana. Julie Pace, editora executiva da AP, resumiu a ideia num artigo de opinião no Wall Street Journal: “Para quem pensa que a ação judicial da AP contra a Casa Branca do Presidente Trump é sobre o nome de uma massa de água, pense melhor. Trata-se, na verdade, de saber se o Governo pode controlar o que dizemos.”

 

(Transcrito do PÚBLICO)

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