De divórcio a casa nova: e agora? O que vai ser de Melania Trump?
Saiba os detalhes de como será, daqui para frente, a vida da futura ex-primeira-dama dos Estados Unidos
atualizado
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Estamos a menos de três dias para uma data histórica: a posse de Joe Biden como o novo presidente dos EUA. Na próxima quarta-feira (20/1), acontecerá uma cerimônia on-line com direito à participação de atores e consagrados cantores do pop e rock internacional.
Embora o foco esteja na nova istração dos Estados Unidos, uma das maiores potências mundiais, levantamos a curiosidade: como será, daqui para frente, a vida da primeira-dama Melania Trump? Enquanto muito se fala do impeachment de Donald Trump e nos desdobramentos dos ataques violentos ao Capitólio, Melania poderia estar bastante ocupada planejando o seu futuro pós-Casa Branca (inclusive seu possível divórcio com o atual presidente).
Primeiramente, a grande dúvida é se a primeira-dama receberá algum auxílio financeiro do governo. A resposta é não, exceto a pensão de R$ 20 mil por ano caso o marido, Donald Trump, venha a falecer. Apesar disso, existem algumas “pequenas” vantagens para Trump, como uma renda para estabelecer um escritório e equipe oficiais e pagar despesas de viagem.
Mas, a pergunta que não quer calar é: eles continuarão juntos?
A cada dia, rumores de um possível divórcio ganham mais proporção. Inclusive, detalhes do contrato nupcial do casal chegaram a ser divulgados. De acordo com o ex-assessor Omarosa Manigault Newman, Melania conta cada minuto para Trump sair logo do cargo a fim de que eles se divorciem. A razão? “Se Melania tentasse puxar a última humilhação e sair enquanto ele está no cargo, ele iria encontrar uma maneira de puni-la”, explica.

A postura da primeira-dama já demonstra a possibilidade de um relacionamento frio ou até mesmo conturbado no casamento. Vídeos de diferentes momentos nos quais o casal aparece em público deram o que falar. Um deles foi quando o presidente tocou nas mãos de Melania durante uma visita oficial a Israel, e ela deu um pequeno tapa e se afastou do marido. O comportamento, que se repetiu diversas vezes, virou meme.
Um dos primeiros motivos de piada entre os internautas foi durante a posse presidencial de Donald Trump, em janeiro de 2017. Após mostrar um longo sorriso ao marido, Melania fecha a cara assim que ele se vira para outro lado.
Veja:
Ao portal The Guardian, a escritora Mary Jordan afirmou: “Não conheço nenhum casal que e tanto tempo separado. Eles costumam estar no mesmo prédio, mas longe um do outro”.
Em caso de divórcio, de acordo com uma entrevista do advogado Peter Stambleck ao site Town & Country, tudo o que está no nome de Melania será dela e tudo o que está no nome de Donald Trump será dele, a não ser as joias que ela ganhou durante o casamento.
O especialista também acredita que Barron William, filho de 14 anos do casal, ficará com a mãe. Ele deve terminar o ano escolar na Flórida, no lugar da escola pública de Maryland que frequentou nos últimos três anos.

De mudança
Em meio a todo esse cenário, uma fonte próxima à primeira-dama disse ao jornal CNN que Melania Trump “só quer ir para casa”. No momento, ela está determinando o que vai deixar e o que levar para as propriedades de Trump em Nova York e a casa de Mar-a-Lago, luxuoso resort de Trump em Palm Beach, na Flórida.
A primeira-dama também tem voltado sua atenção ao livro que pretende lançar ao sair da Casa Branca. A publicação é uma tradição bastante adotada pelas ex-primeiras-damas. Dois exemplos são as obras Minha História, de Michelle Obama; e Spoken from the Heart (Dito com o coração, em português), de Laura Bush.
Acredita-se que a obra literária de Melania será centrada em fotos sobre a história da hospitalidade na Casa Branca ou nos projetos de design que ela concluiu enquanto integrante da residência.

Outro projeto pós-mandato é a possível permanência da plataforma Be Best, campanha de conscientização pública promovida por Melania Trump com foco no bem-estar dos jovens e na luta contra o cyberbullying e o uso de drogas.
“A senhora Trump está focada em seu papel como primeira-dama. Na última segunda-feira (7/1), ela revelou seu esforço mais atual para preservar a Casa Branca ao anunciar a conclusão do pavilhão de tênis. Ela também mostrou recentemente uma nova peça de arte no recém-reformado Rose Garden […] Sua agenda continua cheia com seus deveres como mãe, esposa e primeira-dama dos Estados Unidos”, disse a chefe de gabinete da primeira-dama, Stephanie Grisham, à CNN.
Outra fonte comentou que Tham Kannalikham, decoradora de interiores queridinha dos Trump, foi acionada para serviços em Mar-a-Lago, o que inclui supervisionar a pintura, novos tecidos e fornecer assistência para uma reforma do local que, agora, será a residência permanente da família.
Mar-a-Lago
Mar-a-Lago é um clube exclusivo para sócios que ocupa aproximadamente 10 mil m². Vários aspectos fazem da construção um local de muito luxo e pompa. São mais de 100 quartos, lavatórios forrados a ouro, restaurantes, quadras de esportes, campos de golfe, tudo com vista paradisíaca para o mar.
Antes de se tornar presidente, Donald Trump transformou o Mar-a-Lago em um hotel cinco estrelas, sem abrir mãos de alguns aposentos privados, é claro. Para se hospedar no empreendimento, é preciso desembolsar pelo menos 1.900 euros a diária, gasto aceito por Jennifer Lopez, por exemplo, que já frequentou o hotel.
Vale destacar que Donald Trump já havia dito publicamente que aguardaria ansiosamente pela vida pós-Casa Branca em Mar-a-Lago.
Primeira-dama ausente
O legado de Melania Trump é duvidoso e silencioso. Para a escritora Betty Boyd Caroli, por exemplo, o fato de ela não ter se envolvido muito em tarefas na Casa Branca a tornou uma pessoa “amplamente ausente do trabalho de primeira-dama”.
“Melania foi uma primeira-dama extremamente fechada”, falou Kate Andersen Brower, autora do best-seller First Women (Primeiras Mulheres, em português) à BBC News Brasil. Na obra, a escritora aborda o papel de 10 primeiras-damas da modernidade nos Estados Unidos.
“Nas categorias típicas que os historiadores usam para classificar as primeiras-damas, como valor para o país, integridade, liderança, inteligência, realizações, coragem, imagem pública, valor para o presidente, eu prevejo que ela se classifique no último lugar da lista”, acrescentou Betty Caroli também à BBC News Brasil.
A demora para se pronunciar fez parte até mesmo do final do mandato de Donald Trump. Somente cinco dias após o ataque ao Capitólio, ocorrido em 6 de janeiro de 2021, Melania compartilhou o que pensou sobre o ocorrido. Ela lamentou que pessoas tenham morrido e disse estar desapontada e desanimada com o que ocorreu.
Entretanto, a chateação não foi apenas com a violência instaurada mas sim com os “ataques” que recebeu em um artigo de opinião escrito pela ex-amiga Stephanie Winston Wolkoff: “Melania representa o que há de errado na América”, expressou Winston Wolkoff, afirmando que o presidente e a primeira-dama “partirão da Casa Branca, sem remorsos, deixando os cadáveres para trás e dirigindo para Mar-a-Lago”.
“Acho vergonhoso que em torno desses eventos trágicos tenha havido fofoca lasciva, ataques pessoais injustificados e falsas acusações enganosas contra mim – de pessoas que estão procurando ser relevante e ter uma agenda. Desta vez, trata-se apenas de curar nosso país e seus cidadãos”, pronunciou Melania.
Impeachment
No ano ado, a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, anunciou formalmente a abertura de um processo de impeachment do presidente. Ele foi acusado de violar a lei por tentar utilizar um poder estrangeiro para interferir ao seu favor nas eleições de 2020.
Trump foi absolvido no início de 2020 mas, em 2021, o Congresso dos Estados Unidos aprovou outro pedido de impeachment, desta vez, em razão do episódio de invasão do Capitólio no qual Trump é acusado de “incitar a violência contra o governo dos EUA”.

Donald Trump é o primeiro presidente da história do país a ter dois processos de impeachment aprovados pela Câmara em um mesmo mandato.
O julgamento do impeachment de Donald Trump se aproxima. Os líderes democratas no Congresso, Nancy Pelosi e Chuck Schumer, pretendem agir o mais rápido possível.
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